A ONG Gerando Falcões deu mais um passo rumo à erradicação da pobreza nas favelas brasileiras com o lançamento do Fundo Dignidade. O projeto visa impactar 1 milhão de pessoas em uma década, promovendo infraestrutura, desenvolvimento e inclusão digital para as comunidades mais vulneráveis do país.

O fundo conta com um aporte inicial de R$ 100 milhões da Fundação Lemann e tem a ambiciosa meta de alcançar R$ 250 milhões até 2026. Segundo Eduardo Lyra, fundador e presidente da ONG, a iniciativa busca garantir que os programas da organização sejam sustentáveis a longo prazo.

“O contrário de ser pobre é ter uma vida digna”, afirma Lyra.

Com quase 15 anos de atuação, a Gerando Falcões já beneficiou mais de 780 mil pessoas em 5,5 mil favelas. Seus programas envolvem desde qualificação profissional até a Favela 3D – Digital, Desenvolvida e Digna, um projeto que melhora a infraestrutura das comunidades, com destaque para a Favela Marte, em São José do Rio Preto (SP).

Para Lyra, o grande desafio da filantropia no Brasil é a falta de continuidade nas doações. O país se mobiliza em tragédias, mas carece de investimentos duradouros. O Fundo Dignidade surge como uma resposta a essa questão, garantindo que os avanços sociais não sejam temporários.

Além do aporte inicial, a ONG já captou R$ 25 milhões adicionais, atingindo metade da meta antes mesmo do lançamento oficial. A expectativa agora é atrair novos investidores para consolidar esse modelo de transformação social.

Com iniciativas inovadoras e um olhar estratégico para o futuro, a Gerando Falcões segue desarmando “a bomba-relógio da pobreza”, como destaca Lyra, e abrindo novos caminhos para um Brasil mais justo e igualitário.