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Novo Distrito Industrial de Itabira: Captação de Água no Rio Tanque Impulsiona Desenvolvimento Econômico

A construção do novo sistema de captação e da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio Tanque, iniciada oficialmente na última quinta-feira (20), representa um marco não apenas para a segurança hídrica de Itabira, mas também para a expansão industrial do município. Além de solucionar a crise de abastecimento, o empreendimento abre caminho para a criação de um novo Distrito Industrial, um passo fundamental para a diversificação econômica da cidade.

Água como vetor de desenvolvimento

O projeto, que prevê um aumento significativo na capacidade de fornecimento de água – chegando a 600 litros por segundo (l/s) –, está diretamente ligado à possibilidade de instalação do novo polo industrial. O prefeito Marco Antônio Lage (PSB) destacou que a viabilidade do distrito só se tornou concreta graças ao início das obras de captação no Rio Tanque.

“A água vai passar por perto, então essa obra também servirá para a nova indústria que chegará a Itabira”, afirmou. Segundo ele, em aproximadamente um ano e meio, o município terá uma infraestrutura hídrica capaz de garantir qualidade de vida à população e atrair investimentos para a região.

O terreno previsto para o Distrito Industrial está localizado na antiga Fazenda Palestina, nas proximidades da barragem de Santana. Atualmente, a área pertence à mineradora Vale, mas já se encontra em processo de transferência para o município.

Investimento bilionário e geração de empregos

O sistema hídrico do Rio Tanque, que tem um custo estimado de R$ 1,17 bilhão, será inteiramente financiado pela Vale por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2020. A obra, que terá duração de cerca de três anos, inclui:

Construção de uma adutora de 25 km

Implantação de três estações elevatórias de bombeamento

Um tanque de alimentação direcional

Uma câmara de transição

Uma ETA com capacidade para 600 l/s

Além de garantir segurança hídrica para a cidade, o projeto também impulsionará a economia local. Estima-se que mais de 1.200 empregos diretos serão gerados no pico das obras, com prioridade para a contratação de trabalhadores de Itabira, cujas vagas serão disponibilizadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine).

Mais de 30 fornecedores já foram contratados para a execução do projeto, incluindo construtoras, empresas de monitoramento ambiental, fabricantes de equipamentos e fornecedores de materiais e insumos, muitos deles da própria região.

Tecnologia e gestão sustentável

O sistema contará com tecnologia avançada para monitoramento em tempo real, garantindo eficiência e qualidade no abastecimento de água. Leandro de Almeida, engenheiro de Projetos da Vale, destaca que a modernização permitirá um controle preciso da vazão, do desempenho dos equipamentos e da qualidade da água distribuída à população.

Após a conclusão das obras, a gestão do novo sistema hídrico ficará sob a responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira, órgão que administra o abastecimento municipal. Enquanto isso, a Vale continuará fornecendo 160 l/s de água para suprir as necessidades da cidade, conforme acordado com as autoridades competentes.

Perspectivas para o futuro

Com a estruturação do novo Distrito Industrial, Itabira se posiciona estrategicamente para atrair novos investimentos e reduzir sua dependência da mineração. A iniciativa representa um avanço na busca por uma economia mais diversificada e sustentável, garantindo não apenas o abastecimento de água para a população, mas também um ambiente favorável para a instalação de novas empresas e geração de empregos de qualidade.

A captação no Rio Tanque é, portanto, um divisor de águas – tanto no sentido literal quanto no figurado. Mais do que resolver um problema histórico de abastecimento, ela pavimenta o caminho para um futuro promissor para Itabira.

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